17.6.06

Viagem em Balão Amarelo

Apanhei boleia desse teu balão amarelo, tricotado com pêlos de ovelha, não para longe ir, mas para aqui não ficar.
Lá, em baixo, os guarda-chuvas coloridos movimentam-se ritmadamente ao som de um compasso que me é inaudível. Não consigo destrincar a música, nem tão pouco a chuva que me parece cair. Penso que as preocupações com o rol de coisas para fazer me turvam a vista. Triste ser cego, sem realmente o ser! Ou talvez não…

Apanho boleia desse teu balão amarelo, uma última vez. Estas viagens não são para mim. Gosto de ter os olhos bem abertos!