Não se pode prever até onde o rastro do traço e o desejo de presença que ele figura nos pode arrastar. Digamos que instalar visões na tela exige uma certa lealdade para com os reflexos espectrais da vida, em louca perdição. Às vezes é inútil mostrar a fotografia, a legenda, a assinatura a vermelho para designar o corpo de fuga em sangue de sobreimpressão: os machos as fêmeas os gritos os túmulos os signos os próximos, a identidade em mentira, à altura dos olhos, branqueando os ossos … outras metáforas. Nunca encontrámos as palavras-em-imagens que nos mantêm recostados. Mais tarde, o perigo de os sonhar em conjunto sobre o abismo será grande, porque já a vertigem do horizonte incendiou o que resta da memória e da imaginação. O corpo é então refeito superfície, a pele quer sempre um pouco mais do sonho ao fundo, de olhos de noite vindo surpreender-nos. Digamos que ir ao encontro disto tudo não faz prova dos nossos males, escondidos dentro da carne. A sombra reorganiza o desejo nas regiões mais antigas e acelera os batimentos da transgressão. Por isso ele traça como se soubesse pronunciar beleza por entre a prótese e a elipse, como se retraçasse as paixões que em nós criam laços de explosão. Não se pode prever tudo: o fluxo, o estilhaço de uma explosão. Digamos que a cor volta a trazer a sombra e faz reacender em nós o gosto pelo excesso e pelo avesso. Nem pensar em recomeçar na mesma página. A tela mudou. Cada um agarra a sua arma, curvado sobre o fervor. Há perante ela uma gigante ondulante – tinta derramada saindo da boca em dias de paixão e solidão.
Não,ainda não és tio!Quando acontecer serás informado!:P A partir de hoje tudo é possível,embora esteja previsto para dia 5 de Maio. Isabel Margarida está em vacances porque não pode fazer viagens longas. Tenho aprontado algumas,estou a aproveitar o restinho...sim,porque depois não tenho desculpas!:( Beijo grandeeeeeeeeeeee
6 comentários:
Não se pode prever até onde o rastro do traço e o desejo de presença que ele figura nos pode arrastar.
Digamos que instalar visões na tela exige uma certa lealdade para com os reflexos espectrais da vida, em louca perdição.
Às vezes é inútil mostrar a fotografia, a legenda, a assinatura a vermelho para designar o corpo de fuga em sangue de sobreimpressão: os machos as fêmeas os gritos os túmulos os signos os próximos, a identidade em mentira, à altura dos olhos, branqueando os ossos … outras metáforas.
Nunca encontrámos as palavras-em-imagens que nos mantêm recostados. Mais tarde, o perigo de os sonhar em conjunto sobre o abismo será grande, porque já a vertigem do horizonte incendiou o que resta da memória e da imaginação. O corpo é então refeito superfície, a pele quer sempre um pouco mais do sonho ao fundo, de olhos de noite vindo surpreender-nos.
Digamos que ir ao encontro disto tudo não faz prova dos nossos males, escondidos dentro da carne. A sombra reorganiza o desejo nas regiões mais antigas e acelera os batimentos da transgressão.
Por isso ele traça como se soubesse pronunciar beleza por entre a prótese e a elipse, como se retraçasse as paixões que em nós criam laços de explosão.
Não se pode prever tudo: o fluxo, o estilhaço de uma explosão. Digamos que a cor volta a trazer a sombra e faz reacender em nós o gosto pelo excesso e pelo avesso. Nem pensar em recomeçar na mesma página. A tela mudou. Cada um agarra a sua arma, curvado sobre o fervor. Há perante ela uma gigante ondulante – tinta derramada saindo da boca em dias de paixão e solidão.
Le Inrockuptible
Belo texto!
Muito bonito o texto!
O trabalho merece um texto destes.
Beijinhos
Menina Isa! :D Hey There... eu a pensar que já era tio!
E estava Rui Pedro, para aqui, a pensar que ia ter de fazer um post a dizer algo como: ISABEL MARGARIDA O QUE TEM ANDADO A APRONTAR?! :P
Não,ainda não és tio!Quando acontecer serás informado!:P
A partir de hoje tudo é possível,embora esteja previsto para dia 5 de Maio.
Isabel Margarida está em vacances porque não pode fazer viagens longas.
Tenho aprontado algumas,estou a aproveitar o restinho...sim,porque depois não tenho desculpas!:(
Beijo grandeeeeeeeeeeee
Com o texto que foi apresentado no primeiro comentário, só tenho a dizer: I like it very much! :)
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