“(…)
Oh I'll break them down, no mercy shown
Oh I'll break them down, no mercy shown
Heaven knows, it's got to be this time,
Avenues all lined with trees,
Picture me and then you start watching,
Watching forever, forever,
Watching love grow, forever,
Letting me know, forever.”
Ceremony, New Order, 1987
Ceremony, New Order, 1987
Num dia pardacento de Novembro, e com algum atraso, aterrou ao jeito de andorinha corajosa, não temendo intempéries invernosas na rudeza do calhau. O voo picado não cansara e com sua malha riscada e casaco de abafo mais quente, quais armaduras prateadas, fez-se ao céu menos azul e, em tom de desafio, entoou esse seu macio (ainda que inaudível para a maioria) canto.
Sem ninho ou mantimento de reserva rodopiou tendo consigo, somente, um sorriso maroto, mas envergonhado, e aquela estranha confiança a quem as coisas correm, repetidamente, bem. Como não acreditava em deuses da maioria ou, mesmo, aos esquecidos pagãos, fez ninho em menos de seis dias e não descansou no sétimo. Em vez disso, lá faz uns descansos ocasionais entre piruetas e voos contra-picados e adapta-se, SEMPRE, à corrente.
Passam ciclos e luas, ventos e chuvadas, beijos e beliscões. Passam caracois e tartarugas por todo o lado, e, também, ninhos por riachos e tutinegras pelo ar.
Quanto ao menino que, um dia, chorou desalmadamente por uma dessas aves da Primavera, morta entre o vento molhado e o pára brisas, cresceu, seguiu o conselho dado e esperou, ali, no virar da esquina onde a andorinha sorri para si.
Por fim, correm-se jardins, saltam-se festas e trocam-se beijos na madrugada. Ri-se bem alto e não se olha em volta.
Sem ninho ou mantimento de reserva rodopiou tendo consigo, somente, um sorriso maroto, mas envergonhado, e aquela estranha confiança a quem as coisas correm, repetidamente, bem. Como não acreditava em deuses da maioria ou, mesmo, aos esquecidos pagãos, fez ninho em menos de seis dias e não descansou no sétimo. Em vez disso, lá faz uns descansos ocasionais entre piruetas e voos contra-picados e adapta-se, SEMPRE, à corrente.
Passam ciclos e luas, ventos e chuvadas, beijos e beliscões. Passam caracois e tartarugas por todo o lado, e, também, ninhos por riachos e tutinegras pelo ar.
Quanto ao menino que, um dia, chorou desalmadamente por uma dessas aves da Primavera, morta entre o vento molhado e o pára brisas, cresceu, seguiu o conselho dado e esperou, ali, no virar da esquina onde a andorinha sorri para si.
Por fim, correm-se jardins, saltam-se festas e trocam-se beijos na madrugada. Ri-se bem alto e não se olha em volta.