Na véspera de sexta-feira santa, tricotava-te esse coração de pedras e contas vermelhas em linho branco, na ressaca do vinho que bebemos. O quadro sob a tela sentia o esticar da pele, de cada vez que a agulha a perfurava, de tal forma que o pequeno grande músculo ficaria dorido. Ali, o calor excessivo do quarto fazia lembrar as horas em que a temperatura em baixo dos lençois incomodava os corpos.
No resto da casa um cheiro a ervilhas empestava o ar, enchendo o vazio do jejuar dos poucos crentes que por ali habitavam.
Recordaria, a tempo, que não acreditava em restrições morais, nem celebrava dias santos e na sexta-feira comeria carne (deliciando-se), esperando que também o fizesses.
No resto da casa um cheiro a ervilhas empestava o ar, enchendo o vazio do jejuar dos poucos crentes que por ali habitavam.
Recordaria, a tempo, que não acreditava em restrições morais, nem celebrava dias santos e na sexta-feira comeria carne (deliciando-se), esperando que também o fizesses.
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