29.5.07

Pete's Anatomy

“Meu coração não se cansa
De ter esperança
De um dia ser tudo o que quer (…)”
(Caetano Veloso)

Um estágio diferente da série televisiva que lhe dá nome. Semana das Expressões. Caniço. Esboço. Pintura. Segredo. Caixa. Pincel. Plástico aderente. Mimos ou brincos de princesa. Tinta. Rosa Carne. Pedaços de ti. Anatomia de um coração emprestado. Ilustração Científica. Missanga. Transparente. O que está, mas não se vê. Caixa. Riscas. A ganga que já era pintada, antes da pintura. I am not an acrobat, I cannot perform these tricks for you, no iPod. As conversas que finjo não pescar e a minha resposta torta. Fim de mais um dia de trabalho.

25.5.07

Surprise Goodbye Party



10 Horas. Toque da campainha. Chave que “não precisa” aparecer. Porta da sala aparentemente fechada. A turma toda sentada. Salva de palmas. Professores “ditos estagiários” surpreendidos. Surpresa continua. Sorrisos q.b. Assobios. Palmas continuam. Mensagens no quadro. Lanche nas nossas mesas. Fotografias. Obrigado e um até já.

23.5.07

Habitar


No apartamento emprestado, vazio de outras gentes, um abraço provocado pela vontade de tocar ou pela sofreguidão da carne que se quis (in?)oportuna, encheu esse teu dito espaço protegido com paredes caiadas a vermelho de casas antigas. É a pele das casas que se quiseram em extinção e os bebés que se queriam até acidentais.

Habitar, a jeito do negro corvo que colecta brilhos no ninho.


De dia, actualizaria esses jornais públicos semeados de nossas mensagens subliminares e à noite comeria tangerina, sofregamente, e com a ajuda das mãos.

Deixaria a promessa de acordar mais cedo para te encontrar, por acaso, oh concha. Começaria a ensaiar o mais fake-surpreso sorriso de sempre.

22.5.07

Café




Sábado. Café. Riso atrapalhado. Toque nas pernas. Colegas esquecidas. O barulho do mar. O carro trancado. Mais risos, agora menos atrapalhados. Parte de alguma coisa, numa cor qualquer. A tensão. Mais toque. A viagem. Um túnel. Outro túnel… seria outro? Perco-me. Encontro-me(-te?) na casa. Sofá. Roupa. A televisão que ilumina, mas não se vê. Mais tensão. Lábios. O jogo do "não fui eu, foste tu". Mais roupa, menos roupa (sem roupa?). Os beijos que se evitam e os que não. O relógio (faz-se tarde!). A chegada de familiares. Um até já – para mais uma ida “ao café”?

Note to Self

Nunca diga dessa tangerina não comerei!
(yet again)